Aumento foi anunciado pelo Copom no dia 19 de março e se deve à “incerteza elevada” no cenário econômico global e doméstico.
O Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou no dia 19 de março de 2025 uma elevação de um ponto percentual da Selic, que agora alcança 14,25% ao ano. O aumento foi justificado como uma medida para conter a inflação, levando em consideração a defasagem do efeito dos juros na economia e o cenário de “incerteza elevada” no cenário econômico global e doméstico.
Fatores como as decisões do Federal Reserve nos Estados Unidos, tensões geopolíticas globais e a condução da política fiscal nacional influenciaram essa decisão.
Essa é a terceira alta seguida dessa magnitude e a quinta consecutiva dentro do ciclo iniciado em setembro do ano passado. Com isso, o Brasil sairá da reunião do Copom com a 4ª maior taxa real de juros no mundo, atingindo 8,79% atrás apenas da Turquia, com 11,9%, seguida por Argentina, com 9,35%, e Rússia, com 8,91%.
Os dados são do monitoramento das consultorias MoneYou e Lev Intelligence. Para calcular o índice real, leva-se em conta a taxa de juros “a mercado” – ou seja, um referencial do que seriam juros tomados em uma operação real – e a inflação projetada para os 12 meses consecutivos.
O Copom indicou que, embora uma nova alta esteja prevista para a reunião de maio, ela deve ser menos intensa. A projeção para o futuro da Selic permanece incerta, com alguns analistas apontando a possibilidade de a taxa chegar a 15% ao ano, embora essa previsão tenha perdido força após a sinalização de aumentos mais moderados.
O Banco Central reforçou que o ciclo de alta continuará enquanto for necessário para trazer a inflação de volta à meta. Esse processo será guiado por fatores como as expectativas do mercado, o comportamento da inflação,o hiato do produto e o balanço de riscos.
Atualmente, a inflação oficial medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, que mede a inflação oficial do Brasil) ultrapassa o limite estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que varia entre 1,5% e 4,5%. Se essa situação persistir por seis meses consecutivos, o Banco Central terá que justificar o não cumprimento da meta.
A previsão para o IPCA em março é de 0,56%. Se esse valor se concretizar, representará uma desaceleração da inflação em comparação a fevereiro, período em que o aumento nos preços foi influenciado principalmente pela alta na conta de luz. Em janeiro, por outro lado, a inflação foi aliviada pelo chamado “bônus Itaipu” – um repasse de saldo positivo da hidrelétrica que ajudou a reduzir as tarifas de energia.
A importância de comparar opções de crédito empresarial em um cenário desafiador
Em um cenário de taxas de juros de referência em um patamar de 14,25%, as empresas precisam realizar comparações das opções de crédito disponíveis. Avaliar as condições propostas por diferentes instituições permite não apenas reduzir o custo da dívida, mas também melhorar o planejamento de fluxo de caixa, evitando compromissos financeiros que possam comprometer a operação.
A Limoney facilita o processo ao fornecer opções de crédito para os clientes, permitindo uma análise mais precisa das condições de crédito e das taxas praticadas pelo mercado.
