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Cobrar e receber

Como os novos perfis de pagadores impactam a gestão de recebíveis nas empresas

Como os novos perfis de pagadores impactam a gestão de recebíveis nas empresas

Com o avanço do Pix, surgem novos comportamentos de consumo e oportunidades para empresas otimizarem seus fluxos de caixa

Desde que foi lançado em 2020, o Pix se tornou protagonista no sistema financeiro brasileiro. Segundo o estudo Pagamentos em transformação: do dinheiro ao código, do Google Brasil, o pagamento instantâneo já foi utilizado por 93% da população adulta e responde por 47% do volume total de transações financeiras no País. A velocidade, a conveniência e o baixo custo transformaram o Pix não apenas em um meio de pagamento, mas em um marco no comportamento de consumo e nas operações de cobrança das empresas.

O estudo mapeou quatro perfis principais de usuários, e compreender cada um deles é essencial para as empresas que desejam adaptar sua gestão de recebíveis e criar experiências mais relevantes para os clientes. A seguir, mostramos como cada perfil influencia o planejamento financeiro e quais oportunidades podem ser exploradas por negócios que buscam antecipar recebíveis, otimizar vendas e garantir liquidez.

1. Pix-dependente: inclusão e previsibilidade

Esse perfil é formado por consumidores jovens, muitas vezes sem acesso a crédito. O Pix representa para eles a principal (e, muitas vezes, a única) porta de entrada no ecossistema digital de pagamentos. Isso significa que vendas à vista, com liquidação imediata, são o padrão esperado.

Para empresas que atuam com esse público, é possível explorar soluções como cobranças automatizadas via Pix, links de pagamento e QR Codes, com conciliação intradiária. Além disso, a previsibilidade nos recebimentos permite uma gestão de caixa mais eficiente, com possibilidade de antecipação estruturada de valores recebíveis, quando necessário.

2. Equilibrista de crédito: flexibilidade exige inteligência

Alternando entre Pix e cartão, esse consumidor decide como pagar de acordo com o contexto. Para ele, a lógica da escolha pode envolver prazo, benefícios ou controle orçamentário. Empresas que oferecem mais de uma opção de pagamento com clareza e transparência nos custos e benefícios para o cliente tendem a se destacar.

Do ponto de vista financeiro, é fundamental integrar as diferentes formas de recebimento e automatizar a conciliação. Sistemas de gestão financeira que cruzam essas informações em tempo real aumentam a visibilidade do caixa e permitem decisões mais inteligentes sobre antecipação ou rolagem de valores.

3. Pix-estrategista: sensível a vantagens

Esse cliente combina o uso de Pix e cartão de forma tática: usa Pix quando há desconto e recorre ao cartão para parcelar e acumular pontos. Aqui, a oportunidade para as empresas está em oferecer descontos vinculados ao recebimento instantâneo via Pix, reforçando o apelo de liquidez imediata para o negócio.

Ao adotar políticas comerciais alinhadas a esse comportamento, as empresas podem aumentar a proporção de vendas à vista, reduzindo a dependência de maquininhas e evitando custos com taxas elevadas ou inadimplência. A gestão de recebíveis torna-se, assim, um instrumento estratégico de marketing e fidelização.

4. Maximizador de crédito: foco em benefícios e parcelamentos

Esse perfil concentra os gastos no cartão para obter milhas, cashback e outros benefícios. Ele valoriza parcelamentos, inclusive em compras recorrentes ou de maior valor agregado. Por isso, é importante que a empresa consiga oferecer esse tipo de condição com segurança financeira, ou seja, sabendo exatamente quanto, quando e de quem vai receber.

A antecipação de recebíveis com base em parcelas futuras pode ser uma aliada nesse cenário, desde que seja feita com controle de taxas e visibilidade sobre o impacto no fluxo de caixa. Aqui, plataformas como o Painel Financeiro Limoney se tornam essenciais para integrar todos os canais de pagamento e facilitar a gestão desses recebimentos.

Pix e o novo ambiente financeiro nas empresas

Hoje, nove em cada dez empresas brasileiras já aceitam Pix, que se tornou o método preferido de recebimento para 95% dos negócios no País. Os principais motivos são claros: liquidação instantânea, redução de custos com adquirência, mais controle de fluxo de caixa e maior independência de maquininhas tradicionais.

Com a diversificação dos meios de recebimento, o desafio passa a ser a gestão integrada de tudo isso. Além disso, os empreendedores mostram cada vez mais interesse por soluções completas, que vão além da simples captura do pagamento. Por isso, o Banco Central e a Open Finance Brasil têm publicamente se mostrado interessadas em modernizar ainda mais o Pix, de forma a oferecer opções específicas para empreendedores.

Algumas dessas inovações são o Pix Automático, Parcelado e o Pix Como Garantia de Crédito (também conhecido como Pix 2.0). Com elas, é possível realizar cobranças recorrentes de forma semelhante ao débito automático, realizar transferência à vista para o recebedor pagando em parcelas futuras ou utilizar valores futuros de transações como garantia em operações de crédito

Essas inovações estão diretamente conectadas à ideia de previsibilidade e recorrência nas receitas. Empresas com grande volume de vendas ou serviços recorrentes (como academias, escolas, plataformas SaaS e operadoras de saúde) poderão se beneficiar imensamente ao integrar os perfis de pagadores com estratégias de cobrança automatizadas.

O cruzamento entre os perfis comportamentais mapeados pelo Google e essas tecnologias emergentes permite uma personalização de cobranças e de gestão de recebíveis que reduz a inadimplência e melhora o fluxo de caixa, tudo com baixo custo e alto grau de automação. E é nesse ponto que soluções de gestão financeira com inteligência artificial, como as da Limoney, ganham relevância: 

Ao conectar fluxo de caixa, recebíveis, conciliação e oportunidades de crédito em uma única plataforma, essas ferramentas permitem que a empresa acompanhe, em tempo real, a saúde financeira e tome decisões mais rápidas e seguras.

O consumidor dita o ritmo, mas a empresa decide como acompanhar

Para Irene Barretto, CEO e Co-founder da Limoney Tecnologia e Gestão Financeira, esse momento histórico de transição da forma de realizar pagamentos deve ser aproveitado pelas empresas com sabedoria. 

“A ascensão do Pix e os novos perfis de consumo são apenas a ponta do iceberg. O verdadeiro diferencial está na capacidade das empresas de transformar essas mudanças em vantagem. A inteligência está em cruzar dados de pagamentos com oportunidades de antecipação, planejamento de recebíveis e estratégias comerciais personalizadas”, diz Irene.

A afirmação de Irene condiz com o posicionamento de Gustavo Pena, executivo do Google: “Estamos em um mercado onde o consumidor e o lojista ditam as regras. Quem não inovar, ficará para trás.”

Na Limoney, acreditamos que inovar passa por organizar, visualizar e decidir com base em dados reais. E o primeiro passo para isso é integrar a gestão de recebíveis aos perfis de pagamento do seu público.