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Conciliar e planejar

Desafios para realizar uma boa Projeção de Fluxo de Caixa

Desafios para a Projeção de Fluxo de Caixa

A projeção de fluxo de caixa é um ferramenta de alta relevância para a gestão financeira das empresas de todos os portes. Na medida em que crescem, as empresas ganham camadas adicionais de complexidade operacional e financeira, tornando a tarefa ainda mais árdua e desafiadora.

Os sistemas de gestão encontrados nas empresas, como os ERPs, têm como maior foco o registro de transações passadas, ou seja, recebimentos e pagamentos que já foram efetivados pela empresa. Usando uma metáfora, esses sistemas são um espelho retrovisor, mostrando com precisão o que aconteceu na empresa, mas não para onde ela vai. Assim, o trabalho do gestor de tesouraria é construir esse parabrisa, permitindo que a empresa olhe para a frente e aprimore suas projeções.

Vamos examinar alguns elementos que compõem os desafios de projeção de fluxo de caixa, e refletir sobre as ferramentas necessárias para enfrentá-los. Tradicionalmente, o Excel é a principal ferramenta usada, mas ela exige muitas atualizações manuais passíveis de erros.

Previsão de Entradas Operacionais no Fluxo de Caixa

Vendas Futuras: O ERP mostra as vendas faturadas, mas não necessariamente os contratos existentes tampouco o pipeline de vendas da equipe comercial. É comum depender de planilhas e reuniões com a área comercial, que muitas vezes têm uma visão otimista. O desafio do gestor de caixa é traduzir o otimismo deles em uma previsão de faturamento realista.

Comportamento de Pagamento dos Clientes: O histórico de pagamentos no ERP é um bom guia, mas não é infalível. Um cliente-chave pode estar passando por dificuldades financeiras e começar a atrasar os pagamentos, o que o ERP não prevê. É fundamental monitorar de perto os recebíveis e ter um bom relacionamento com a equipe de cobrança para avaliar os riscos de inadimplência e, eventualmente, refleti-los no fluxo de caixa futuro.

Desafios na Projeção de Saídas Operacionais

Muitas das saídas de caixa futuras mais importantes não estão registradas no ERP como um compromisso firme.

Compras e Fornecedores: O ERP mostra o que pagamos no passado, mas não reflete negociações de preços futuras com fornecedores, aumentos de custos de matéria-prima ou a necessidade de uma compra de emergência. 

Folha de Pagamento e Despesas com Pessoal: O ERP registra a folha de pagamento passada. No entanto, não prevê contratações futuras, bônus, dissídios coletivos ou o impacto de um aumento no vale-refeição. Essas informações precisam ser coletadas diretamente com o departamento de RH.

Imprevisibilidade e Volatilidade das Atividades Não Operacionais

Diferente do fluxo de caixa operacional, que possui uma certa previsibilidade (mesmo com os desafios já mencionados), as atividades de financiamento e investimento são, por natureza, mais “pontuais” e muitas vezes mais estratégicas.

Investimentos Estratégicos (CAPEX): A decisão de comprar uma nova máquina, expandir o escritório ou investir em tecnologia geralmente é discutida em nível gerencial e não aparece no ERP até que a compra seja efetivada. As projeções de caixa precisam incluir esses desembolsos planejados para evitar surpresas.

Empréstimos e Financiamentos: A decisão de tomar um novo empréstimo depende de oportunidades de mercado ou necessidades estratégicas que não são lineares. É possível passar meses sem nenhuma captação e, de repente, precisar estruturar uma operação de grande vulto em poucas semanas. Isso cria “picos” de entrada de caixa que são difíceis de prever com muita antecedência. No mais, contratos com componentes de custos pós- fixados impõem uma incerteza adicional no montante previsto para juros. Por fim, há contratos de empréstimo com cláusulas (covenants) que, se violadas, podem antecipar o vencimento da dívida. 

Investimentos Financeiros e Resgates:  A decisão de investir um excedente de caixa ou resgatar uma aplicação depende das condições de mercado e da necessidade de capital de giro da empresa. De maneira análoga ao já descrito para os empréstimos e financiamentos, os rendimentos pós-fixados são difíceis de prever com precisão. Um elemento adicional é lidar com as diferentes condições de liquidez das aplicações contratadas.

Outras Entradas e Saídas de Capital: Normalmente não ocorrem com muita frequência, mas aportes de capital, distribuições de dividendos e vendas de ativos, por exemplo, são eventos que podem gerar variações significativas de caixa.

A Consolidação de Dados Manuais e a Suscetibilidade a Erros

Como o ERP não fornece essa visão futura e tampouco ajuda na consolidação dessas várias fontes de previsões, o profissional de finanças responsável pela projeção de caixa precisa fazer esse papel de captura e organização de dados. É comum encontrar situações com múltiplas planilhas, riscos de erros humanos por digitação, fórmulas quebradas ou erro operacional, o que resulta em um processo demorado e trabalhoso, tirando um tempo precioso que poderia ser usado para análises mais estratégicas.

Todos esses fatores de complexidade levam os gestores de finanças e tesouraria a buscar soluções tecnológicas que os ajudem a superar essas barreiras com excelência.

O Papel da Tecnologia na Evolução da Projeção de Caixa 

O Painel Financeiro Limoney oferece algumas funcionalidades muito interessantes para facilitar a projeção de fluxo de caixa.

Unificação do registro de dados passado e futuro: parece um detalhe, mas é um elemento chave. Quando o sistema unifica os registros passados e futuros, a comparabilidade entre períodos é imediata. No mais, o próprio dia a dia operacional vai construindo a projeção, na medida em que contratos de clientes e fornecedores são lançados e já geram os registros futuros de Contas a Receber e a Pagar.

Múltiplas classificações gerenciais de entradas e saídas de caixa, operacionais e não operacionais: Permite que as projeções sejam construídas em diferentes níveis de granularidade e com várias lentes gerenciais, ao alcance de um clique. Facilita a conferência e ajuste de lançamentos.

Ferramenta de projeção com facilidade de ajustes em tempo real: Viabiliza uma visão detalhada do saldo de caixa, com e sem aplicações financeiras, e os impactos causados pelos recebimentos e pagamentos, tanto operacionais quanto não operacionais. Adiciona a capacidade de observar graficamente a saúde do caixa, dia a dia ou semana a semana, para um horizonte de até 13 semanas.

Como elementos de suporte, o Painel Financeiro Limoney opera com conciliação bancária automatizada e com análise da inadimplência dos clientes já disponíveis na solução. Isso ajuda a ter mais segurança quanto a precisão dos registros passados, além de ganhar maior visibilidade sobre a qualidade de crédito da carteira de recebíveis.

Como explica Irene Barretto, “a tecnologia trouxe para os gestores financeiros algo inédito: a possibilidade de realizar projeção de fluxo de caixa com muito mais automação. Quando falamos de projeção de fluxo de caixa, a maior previsibilidade e segurança conseguida com a nossa tecnologia significa retorno de investimento na veia para os nossos clientes.”

Conclusão: Um novo caminho para a gestão do caixa

A competência do gestor de tesouraria para lidar com esse conjunto de desafios é inegável. Garantir um fluxo de caixa regrado e automatizado proporciona previsibilidade, reduz falhas operacionais e sustenta o crescimento do negócio. Ao adotar o Painel Financeiro Limoney, as empresas transformam rotinas manuais em um processo dinâmico e de alto valor agregado. É o passo definitivo rumo à excelência na gestão do caixa: assumir o leme do fluxo de caixa e garantir que a gestão financeira esteja preparada para crescer com inteligência e previsibilidade.