Tarifas indevidas do Banco do Brasil duraram de 2013 a 2024, totalizando R$14 milhões
No dia 03 de fevereiro, o Banco do Brasil assinou termo de compromisso com o Banco Central (BC), comprometendo-se a devolver R$20,6 milhões a clientes por causa da cobrança indevida de taxas e tarifas.
As cobranças indevidas dizem respeito a tarifas de 2ª via de cartão e juros acima de 8% no cheque especial para MEIs.
As tarifas incorretas para MEIs ocorreram entre 6 de janeiro e 3 de outubro de 2022. Foram 16.287 eventos que afetaram 15.453 clientes, causando um prejuízo de R$6.532.471,07.
Já as tarifas indevidas de fornecimento de 2ª via de cartão ocorreram entre 2 de maio de 2013 e 20 de junho de 2024. O prejuízo foi de R$14.094.637,20, afetando 1.577.590 clientes em 1.680.112 eventos.
Os valores devem ser restituídos em até 1 ano, corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Caso algum cliente já tenha recebido o reembolso sem essa correção, o banco deverá pagar a diferença.
O que diz o Banco do Brasil
Na noite de quinta-feira (6/2), o Banco do Brasil emitiu uma nota oficial trazendo detalhes sobre o processo de devolução aos clientes afetados.
“O Banco do Brasil confirma a celebração do Termo de Compromisso junto ao Bacen, procedimento proativo adotado pelo BB que reafirma seu compromisso de atendimento de excelência a seus clientes e informa que as questões já foram devidamente solucionadas.
O Banco do Brasil esclarece que todos os clientes já foram ressarcidos e que o valor médio ressarcido era de R$14,00. Os procedimentos foram efetivados de forma proativa junto aos clientes que fazem jus, não sendo necessária nenhuma ação por parte dos clientes.
O BB destaca ainda que detém a melhor posição no ranking Bacen, entre as maiores instituições financeiras do país, há dez trimestres consecutivos, sendo, portanto, o banco menos reclamado dentre todos os grandes bancos.”
A importância de acompanhar as tarifas dos cartões de crédito e débito
Casos como esse reforçam a necessidade dos consumidores acompanharem de perto as tarifas cobradas. Para evitar esse tipo de problema, é fundamental fazer a conciliação de contas, verificando os extratos bancários regularmente, além de ler atentamente os contratos e regulamentos dos bancos, para entender quais tarifas são permitidas e em quais situações podem ser aplicadas.
Diversas ferramentas podem auxiliar nesse processo. O Painel Financeiro Limoney, por exemplo, permite acompanhar e comparar todas as tarifas cobradas em contas correntes e/ou cartões de crédito via Open Finance.
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