O Banco Central divulgou recentemente que ainda existem R$ 10,56 bilhões em recursos esquecidos em instituições financeiras, dos quais R$ 2,53 bilhões pertencem a empresas. Apesar de parecer um montante expressivo, quando distribuído entre as 4,43 milhões de empresas que têm valores a receber, o resultado geralmente são quantias pequenas. Muitas vezes, frações de centavos ou poucos reais.
É justamente por isso que muitas organizações acabam não dando atenção ao tema. Entretanto, mesmo valores reduzidos podem ser relevantes se pensarmos em gestão integrada de caixa: somados a outros recebíveis, podem melhorar a visibilidade do fluxo financeiro e apoiar decisões – além de renderem valores quando aplicados a renda fixa ou outros investimentos.
O Sistema de Valores a Receber (SVR) do Banco Central permite consultar saldos esquecidos em bancos, consórcios e outras instituições. A consulta pode ser feita no site oficial valoresareceber.bcb.gov.br, usando conta gov.br nível prata ou ouro e verificação em duas etapas.
Para receber o dinheiro, é necessário ter uma chave PIX cadastrada. Caso contrário, a empresa deve combinar diretamente com a instituição a forma de resgate. O BC reforça que, embora o prazo oficial tenha terminado em outubro de 2024, não há data-limite para retirada dos valores.
Um lembrete para a gestão financeira
Segundo o BC, desde fevereiro de 2025 a segurança do sistema foi reforçada para evitar fraudes, e as empresas podem consultar de forma segura se têm algo a receber. Ainda que sejam quantias pequenas, tratam-se de ativos esquecidos, que podem ser reincorporados ao caixa da empresa.
Mais do que o valor em si, a iniciativa lembra a importância de uma gestão financeira centralizada e com visibilidade total de recursos, evitando dispersões que, no longo prazo, impactam o resultado.
E na sua empresa?
Com o avanço do Open Finance e a digitalização das finanças, a tendência é que esses saldos “perdidos” sejam cada vez mais facilmente identificados e recuperados. Ferramentas de gestão de caixa, como o Painel Financeiro da Limoney, permitem enxergar todos os recursos em um só lugar. Isso amplia a visibilidade do caixa, facilita a projeção de entradas e saídas e fortalece a gestão do fluxo financeiro, evitando que recursos fiquem dispersos em diferentes instituições.
Conclusão
Os valores esquecidos podem parecer irrelevantes isoladamente, mas refletem a necessidade de organização e integração na gestão de caixa. Como destacou Irene Barretto, CEO e Co-fundadora da Limoney:
“Na maioria das vezes, são valores muito pequenos, por isso as empresas deixam para lá. Mas quando falamos de gestão financeira, cada detalhe importa, especialmente quando pensamos em fluxo de caixa e planejamento.”
O caso reforça a importância de ferramentas que concentram informações e aumentam a visibilidade de todos os recursos da empresa. Afinal, se há R$ 2 bilhões esquecidos pelas empresas brasileiras nos bancos, vale refletir: será que a sua organização não está entre elas?