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Open Finance e IA

Open Finance: por que a adesão das empresas ainda enfrenta desafios

Open Finance: por que a adesão das empresas ainda enfrenta desafios

Durante o Rio Innovation Week 2025, realizado entre 12 e 15 de agosto, o futuro do Open Finance voltou a ser pauta central no setor financeiro brasileiro. Em entrevista ao portal Finsiders Brasil, Ana Carla Abrão, diretora-presidente da Associação Open Finance, destacou avanços importantes e também os obstáculos que ainda precisam ser superados, especialmente no caso das empresas (PJs).

Segundo Ana Carla, o maior desafio está na jornada de adesão. “A resolução do Banco Central é muito clara: diz que qualquer pessoa que tem o poder de movimentar uma conta tem o poder de dar consentimento. Mas, no caso da PJ, esse desafio é um pouco maior. Porque não necessariamente a pessoa que está ali “logando” a conta… ela pode ter poderes para comandar um pagamento, mas pode ser que não tenha poderes para efetuar aquele pagamento”, explicou.

Na prática, isso significa que uma empresa pode precisar de mais de uma pessoa para concluir o processo de adesão. Se, por um lado, essa exigência garante segurança e respeito às políticas de alçadas, por outro, pode tornar a experiência mais complexa. O debate hoje é como simplificar a jornada sem perder de vista as normas do Banco Central.

O impacto para as instituições financeiras

A questão não afeta apenas empresas que desejam usar o Open Finance, mas também bancos e fintechs que ofertam produtos baseados nesse ecossistema. A adesão de PJs é fundamental para destravar ganhos em escala, já que as empresas concentram alto volume de movimentações financeiras e podem se beneficiar de soluções de gestão de crédito, fluxo de caixa e conciliação mais inteligentes.

Para Ana Abrão, instituições que ainda hesitam em se adaptar podem perder espaço rapidamente: “Quem não está no Open Finance hoje está em desvantagem competitiva. Acho que quem não está, tem que entrar, ou estará em uma situação muito pior do que os seus concorrentes”. Essa perspectiva é compartilhada por Irene Barretto, CEO e Co-fundadora da Limoney“A instituição que não aderir ao Open Finance estará em desvantagem. Não se trata mais de uma inovação opcional, mas de uma exigência do mercado que busca transparência, integração e eficiência”.

Oportunidade de transformação

O Open Finance completa cinco anos em 2025 consolidado como uma das maiores modernizações do sistema financeiro no mundo. Com 65 milhões de contas conectadas e mais de 100 milhões de autorizações de compartilhamento, o modelo já mostrou sua capacidade de gerar valor para consumidores. O próximo passo é tornar esse impacto igualmente transformador para as empresas.

Nesse contexto, simplificar a jornada das PJs significa abrir espaço para soluções mais acessíveis e competitivas. Ao integrar dados de diferentes instituições, as empresas podem ganhar previsibilidade de receitas, reduzir custos de crédito e otimizar o controle do caixa.

O papel do Painel Financeiro Limoney

É justamente nesse ponto que soluções como o Painel Financeiro Limoney podem incentivar a adesão das PJs ao sistema. 

Ao centralizar dados bancários em um só lugar, a plataforma amplia a visibilidade sobre o fluxo de caixa, automatiza a conciliação de recebimentos e pagamentos, e ainda facilita o planejamento financeiro. Com integração via Open Finance, o Painel oferece às empresas maior previsibilidade e capacidade de decisão em tempo real, compensando a complexidade da adesão com ainda mais ganhos concretos de eficiência.

Para Irene Barretto, o avanço das PJs dentro do ecossistema de Open Finance será um divisor de águas para a competitividade empresarial no Brasil:

“Quando as empresas conseguirem enxergar, em tempo real, toda a sua posição financeira integrada em uma única plataforma, elas terão condições de tomar decisões mais rápidas. Essa é a verdadeira revolução que o Open Finance traz, e é nisso que o Painel Financeiro Limoney está focado: traduzir inovação em resultados práticos para o dia a dia das empresas”, afirma a executiva.