Com a criação de um Grupo de Trabalho federal para o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial, o país tenta avançar no cenário global da IA, enquanto empresas ainda enfrentam lacunas de conhecimento técnico em suas lideranças executivas.
O governo federal oficializou no dia 12 de maio a criação de um Grupo de Trabalho com 15 representantes de órgãos federais para implementar o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA). A medida busca posicionar o Brasil de forma competitiva no cenário internacional, integrando desenvolvimento tecnológico com responsabilidade social e ética.
A Resolução CITDigital nº 2, publicada no Diário Oficial da União, define as diretrizes para o funcionamento do grupo, cuja principal tarefa será implementar a estratégia nacional voltada ao desenvolvimento e à aplicação ética e responsável da inteligência artificial no Brasil.
A criação do Grupo de Trabalho surge como resposta direta ao avanço da inteligência artificial no mundo. Coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o GT inclui representantes de áreas-chave como Fazenda, Justiça, Educação e Relações Exteriores, além de instituições como BNDES, Finep e CNPq. A ausência inicial de representantes da iniciativa privada acende um alerta, mas a previsão de consultas públicas futuras pode suprir essa lacuna.
Empresas brasileiras diante de um novo paradigma
Ainda que o governo busque articular uma política nacional de inteligência artificial, o setor privado enfrenta obstáculos internos para acompanhar esse ritmo. De acordo com pesquisa do Gartner com 456 CEOs e executivos seniores, 77% dos CEOs reconhecem a IA como um divisor de águas nos negócios, mas apenas 44% classificam seus CIOs como especialistas no assunto. O número chama atenção num contexto em que a maioria dos CEOs já compreende que a IA redefine os alicerces dos modelos de negócio.
Mais do que novas contratações, a urgência recai sobre a capacitação das equipes atuais. Jennifer Carter, analista do Gartner, destaca que a sobrevivência das empresas dependerá da capacidade de adaptar suas rotinas ao novo paradigma. O conhecimento técnico passa a ser um diferencial de mercado, mas também um fator de risco para quem não se atualizar.
No Brasil, o Grupo de Trabalho recém-formado reflete uma tentativa de integrar múltiplas dimensões, como ciência, economia, educação e relações exteriores, no debate sobre o uso responsável da IA. Especialistas destacam o foco nas consequências práticas da tecnologia, embora critiquem a ausência inicial de representantes da iniciativa privada.
A criação do Grupo de Trabalho federal marca um esforço institucional claro para acompanhar a transformação que a IA impõe à economia global. Mas enquanto as diretrizes são discutidas nos gabinetes, a realidade das empresas brasileiras exige ação imediata. Capacitação, tecnologia acessível e ferramentas que traduzam complexidade em soluções estão no centro dessa virada.
Como a IA tem sido adotada no departamento financeiro
Apesar desta deficiência, a inteligência artificial tem sido cada vez mais adotada no departamento financeiro de empresas não financeiras. Segundo o estudo “KPMG Global AI in Finance Report”, da KPMG, um terço (32%) das empresas brasileiras afirma que obteve retorno sobre o investimento (ROI) com o uso de IA.
O estudo também revelou que quase 71% das empresas globais pesquisadas estão testando ou utilizando IA em seus processos financeiros, com a expectativa de que, em três anos, 99% delas adotem essa tecnologia para relatórios financeiros. A IA, que atualmente representa 10% do orçamento de TI, deverá crescer ainda mais nos próximos anos, consolidando seu papel estratégico nas finanças. A inovação trazida por essas tecnologias oferece vantagens significativas, especialmente na gestão de fluxos financeiros, tomada de decisões e otimização de processos operacionais.
As empresas estão utilizando IA para realizar análises financeiras mais rápidas e precisas, garantindo uma visão detalhada das suas operações. Algoritmos inteligentes permitem uma previsão mais assertiva das necessidades de caixa e ajudam na automação de tarefas repetitivas, como conciliações bancárias, controle de despesas e fluxo de pagamentos. Além disso, a IA facilita a análise de dados financeiros em tempo real, proporcionando insights valiosos para gestores que buscam ajustar suas estratégias com maior agilidade.
Painel Financeiro Limoney: IA que entrega resultado
Neste cenário, ferramentas que facilitam a adaptação à inteligência artificial ganham relevância. O Painel Financeiro Limoney é uma dessas soluções. Ao integrar dados bancários e controles financeiros internos em um só lugar, a plataforma permite que empresas brasileiras acompanhem seus recebimentos, pagamentos, investimentos e dívidas com precisão e fluidez.
Irene Barretto, CEO e Co-Founder da Limoney, destaca: “Mais do que acompanhar a inovação, nós ajudamos empresas a torná-la prática no dia a dia. O Painel Financeiro Limoney foi pensado para que lideranças sem formação técnica consigam usar a inteligência artificial no setor financeiro de maneira intuitiva e confiável.” Segundo Irene, esse tipo de solução reduz o atrito entre tecnologia e operação, permitindo que a IA atue não como um conceito distante, mas como uma aliada imediata da gestão financeira.