Custos Elevados e Recebimentos em Empresas de TI de Alto Crescimento: pressão sobre a tesouraria
Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES), o país é hoje o 10º maior mercado de software e serviços de TI do mundo, impulsionado por modelos escaláveis como o SaaS (Software as a Service). Por trás dessa expansão, porém, há uma realidade complexa: o setor de tecnologia da informação (TI) brasileiro cresce em ritmo acelerado, mas enfrenta uma pressão constante sobre sua tesouraria, evidenciada nos custos e fluxo de caixa.
Em empresas de crescimento acelerado, as despesas fixas aumentam rapidamente, especialmente com a remuneração de equipes técnicas altamente qualificadas, enquanto a previsibilidade das receitas depende de uma gestão financeira precisa e de um controle rigoroso sobre o Contas a Receber.
Isso gera um cenário que combina previsibilidade e risco. Ao definir seus modelos de recebimento, essas empresas podem optar por assinaturas que oferecem receitas recorrentes, mas tornam o controle da inadimplência e do churn (cancelamento) vitais para a sustentabilidade; ou projetos sob demanda e alocação de squads, que enfrentam uma variabilidade muito maior, com faturamentos vinculados a entregas, marcos contratuais e prazos de aprovação.
Nessas condições, atrasos mínimos nos recebimentos podem gerar descasamentos de caixa capazes de comprometer pagamentos críticos, como salários e fornecedores estratégicos. Para empresas que contratam agressivamente, uma falha no fluxo de caixa pode interromper o ciclo de crescimento em questão de semanas.
Custos Elevados e Recebimentos em Empresas de TI de Alto Crescimento: Os Obstáculos Comuns no Contas a Receber de Empresas de TI
Independentemente do modelo de negócio, as empresas de TI enfrentam dificuldades específicas na gestão de recebimentos. Essas barreiras sobrecarregam suas equipes de tesouraria enxutas e aumentam o risco de erros operacionais. Quando combinados, esses obstáculos criam um efeito dominó que consome a capacidade estratégica e força a equipe financeira a um estado reativo constante.
Custo de Aquisição de Clientes: um dos principais desafios é equilibrar o CAC (Custo de Aquisição de Clientes) com o retorno financeiro esperado. Modelos de crescimento agressivo tendem a aumentar o CAC no curto prazo, enquanto o retorno ocorre de forma diluída ao longo do tempo, o que exige planejamento de caixa e visibilidade sobre a curva de payback de cada cliente.
Capacidade de caixa para fazer investimentos produtivos: Empresas em expansão precisam equilibrar o caixa entre investimento e crescimento. A compra de equipamentos, aportes em pesquisa e desenvolvimento ou novos financiamentos introduzem picos e vales no fluxo de caixa.
Em mercados competitivos, os custos mudam com frequência. A contratação de profissionais especializados, reajustes salariais, novos servidores em nuvem e gastos emergenciais com segurança digital impactam diretamente o caixa, exigindo a cotação de empréstimos.
Sem visibilidade sobre essas movimentações, o planejamento se torna reativo e o risco de falta de liquidez aumenta. Com entradas extremamente variáveis, torna-se difícil prever o EBITDA do mês seguinte, o que compromete o gerenciamento do fluxo de caixa como um todo e gera o risco crônico de endividamento.
Mesmo com aumento nas vendas, prever recebimentos é uma tarefa complexa. ERPs mostram o que já foi faturado, mas não projetam contratos futuros, renegociações ou possíveis atrasos de clientes. Em empresas de TI, isso é ainda mais sensível: contratos de manutenção, licenças recorrentes e projetos sob demanda podem mudar de valor mês a mês, exigindo um controle preciso do capital de giro.
Ferramentas inadequadas: Softwares de gestão genéricos, especialmente os desenvolvidos para outros mercados, nem sempre atendem às particularidades do cenário brasileiro ou às necessidades do setor de TI. Mesmo com sistemas que prometem automação, a verificação manual ainda é necessária para evitar erros. Roberto Rocha, economista e consultor financeiro entrevistado pela Limoney, adverte: “Ferramentas de conciliação bancária têm que ser constantemente verificadas, para se evitar duplicidade de pagamentos ou a falta deles, assim como erros de cobrança.”
A consequência direta desses desafios é que a equipe financeira passa a maior parte do tempo olhando para o passado, tentando entender o que já aconteceu, em vez de preparar a empresa para o que está por vir. Essa visão reativa compromete a capacidade de investimento e a tomada de decisões. O economista e consultor financeiro Roberto Rocha ilustra bem este ponto:
“O Financeiro não pode operar apenas como um atestado de óbito, tomando decisões e ações com base no que já aconteceu. Para isso, é necessário um acompanhamento em tempo real do que está acontecendo, assim como ter ferramentas eficientes que possam nos dar cenários possíveis […].”
A Solução para Custos Elevados e Recebimentos em Empresas de TI de Alto Crescimento: Automação e Inteligência para Antecipar o Futuro
O desafio de unir crescimento com previsibilidade na tesouraria exige tecnologia. É nesse ponto que o Painel Financeiro Limoney se destaca ao transformar o controle de caixa de um processo manual em uma rotina automatizada e segura.
O sistema integra dados de vendas, de contratos, bancos e projeções futuras em um único ambiente. Isso elimina planilhas desconectadas, reduz o risco de erro humano e oferece uma fonte única da verdade para a tomada de decisão.
Com base em dados históricos e previsões automáticas, o Painel permite simular cenários e ajustar projeções em tempo real. Se um cliente-chave atrasa um pagamento, o impacto no caixa das próximas semanas é recalculado instantaneamente.
A plataforma usa Open Finance, Inteligência Artificial e OCR para automatizar conciliações bancárias e documentais, além de atualizar previsões com base em dados reais de movimentação. O resultado é uma operação até 80% mais produtiva, com menos falhas e maior controle sobre o futuro financeiro.
Flexibilidade Gerencial e Sustentabilidade Financeira
Empresas de TI lidam com múltiplas frentes de negócio: licenciamento, serviços, consultoria e manutenção, por exemplo. O Painel permite classificar gerencialmente as entradas e saídas de caixa por 3 sistemas diferentes de classificação, tais como unidade de negócio, projeto ou centro de custo, oferecendo análises detalhadas e uma visão completa da entrada e consumo de caixa.
Segundo Irene Barretto, CEO e cofundadora da Limoney, “a tecnologia trouxe aos gestores de tesouraria algo inédito: a possibilidade de projetar o futuro do caixa com automação e retorno direto sobre o investimento.”
Empresas que adotam essa abordagem deixam de reagir ao passado para agir sobre o futuro, transformando o fluxo de caixa em seu principal instrumento de crescimento sustentável.
Mas afinal, como organizar a gestão financeira de uma empresa de T.I?
É isso que será debatido no dia 7 de novembro de 2025, no webinar “Do Código ao Caixa: Como Organizar a Gestão Financeira da sua Empresa de TI”, transmitido online às 9h. O evento apresenta uma entrevista com Marcelo Rosenburg, cofundador da Limoney e ex-CFO da Habber Tec e da GFT, profissional com mais de 20 anos de experiência em finanças para empresas de tecnologia.
Inscreva-se gratuitamente, veja a gravação completa do webinar e acesse materiais complementares, como estudos de caso e guias práticos, no portal de eventos: eventos.limoney.com.br